Realizada entre 28/2/2013 e 4/3/2013 a visita à antiga Fábrica Nacional de Motores em Xerém, distrito de Duque de Caxias/RJ, com a participação de 9 caminhões da marca FNM e de 8 carros Alfa Romeo. A caravana, partindo de Curitiba e São José dos Pinhais no dia 28 com 3 caminhões, seguiu até Pilar do Sul/SP, onde ocorreu o agrupamento e pernoite. Na manhã seguinte os veículos passaram por limpeza e ajustes finais para a viagem ao Rio, que teve início nessa mesma tarde, com o Osvaldo Strada agregando 3 belos FNMs ano 1958 ao grupo, sobre carreta especializada. No dia 2, já na rodovia Presidente Dutra, o “carona” Michael Swoboda, de S. José dos Campos, juntou-se ao grupo; e, pouco depois, em Aparecida do Norte, o Edmir Barbosa de Baurú integrou-se também à caravana com mais dois fenemês, um Brasinca 58 e um 180 ano 1979.
A chegada em Xerém deu-se no dia 3 de março (domingo), pela manhã. Foi quando os participantes, Miklos, Róbert, Alceu, Ito, Paulo, Osvaldo, Edmir, Victor e Michael, estusiastas da marca, puderam se emocionar com a receptividade da comunidade de Xerém, capitaneada por Eduardo Nazareth, Márcia Catita e Jorge Camarão, este antigo funcionário da FNM. Pouco antes da chegada agregou-se ao comboio uma “Alfavana” de 8 garbosos automóveis da marca Alfa Romeo, conduzidos por uma animada galera da seção carioca do ARBR. E também o nosso amigo Jason Vogel, veterano da viagem de 2011 à Bahia, que compareceu com seu pequeno Citroen 2CV azul.
Os caminhões e automóveis ficaram expostos num pátio situado bem ao lado da entrada da Fábrica, num encontro que certamente foi marcante para todos, despertando grande curiosidade e interesse por parte dos moradores, muitos dos quais chegaram a trabalhar na antiga F.N.M., ou têm seu histórico familiar a ela ligado. Vale ressaltar que a pequena e acolhedora Xerém detém a honra única de ter sido o berço da indústria automotiva nacional.
Na manhã do dia 4 o comboio foi admitido nas dependências da antiga Fábrica Nacional de Motores, hoje pertencente à Ciferal-Marcopolo. Assim, mais de três décadas após o último caminhão Fenemê ter deixado a linha de produção, uma pequena frota deles voltava a circular ali, com o seu poderoso ronco ecoando nas históricas estruturas.
Em seguida os veículos foram estacionados à sombra das árvores e palmeiras da alameda de acesso e os participantes, acompanhados de um grupo de ex-funcionários, recebidos pela direção da Ciferal-Marcopolo. Essa recepção foi simpática e calorosa, e incluiu uma visita à linha de produção de carrocerias de ônibus, palestra e exibição de filmes no auditório da empresa e almoço com os diretores. Fica aqui registrado o nosso ‘muito obrigado’ à diretoria da Ciferal-Marcopolo por nos admitir nas dependências da empresa e pela atenção que nos foi dispensada!
No início da tarde o grupo se despediu e os carros e caminhões tomaram a estrada de volta para casa. Mas não sem antes descarregar na AMA – Associação de Moradores de Xerém – os donativos arrecadados pelos participantes para as vítimas da enchente que recentemente assolou a cidade.
Um último registro: este evento serviu para amadurecer a idéia de se trabalhar no sentido de estabelecer em Xerém o Museu da Fábrica Nacional de Motores, conforme antigo desejo dos ex-funcionários, da comunidade local, dos admiradores da marca e de todos aqueles que têm interesse no resgate e preservação da história da indústria automotiva brasileira. Reforçando este aspecto, foi colocada a sugestão de se fazer deste primeiro “retorno à origem” um evento anual, ou bi-anual.
Miklos no comando do Alfa cavalinho 64.
Na parada do almoço, os caminhões despertam curiosidade.
FNM cavalo 1964, FNM baú 1960, FNM 180 1976.
Subida da Serra do Mar para Tapiraí.
Preparando o bruto para a viagem em Pilar do Sul.
Dando um ‘trato’ final.
Uma carga preciosa: Metro cavalo 1958, Brasinca reboque 1958, caçamba 1958. Todos irão voltar onde foram fabricados.
A saída de Pilar do Sul foi à tarde, com pernoite em Itatiba.
À noite, devidamente estacionados os brutos, a turma se reúne para um bate papo.
O encontro com Michael Swoboda foi num posto da Dutra, em Jacareí.
Parada obrigatória em Aparecida do Norte.
Ito bir ‘tocou’ o Brasinca graneleiro 1961 de Pilar do Sul até Xerém.
O encontro com Edmir em Guaratinguetá. Ele veio de Baurú com dois FNMs, o cavalinho Brasinca 1958 e o FNM 180 trucado 1979, um dos últimos fabricados.
Edmir e Ito bir e o lindo Brasinca 1958. Este caminhão tem o câmbio com a quinta marcha.
O almoço da turma, antes de seguir viagem.
Eduardo, Róbert, dirigente da AMA e Miklos, em Xerém.
Parada no início da Serra das Araras/RJ para dormir, antes de descer a serra.
Pausa para a janta, com a saída marcada para bem cedo.
Descida da serra: cautela.
Foto tirada na serra, que é muito bonita.
A chegada do Brasinca 61 em Xerém, mais de 50 anos depois de ter “nascido” ali!
O encontro na rodovia Washington Luiz, perto do acesso a Xerém.
Chegando para o encontro tão esperado.
Na entrada para Xerém, a antiga guarita da era FNM.
A primeira parada na cidade, no domingo (ao lado da AAFBB).
Os caminhões em frente à fabrica – o ‘retorno ao ninho’ concretizado!
Os 8 belos automóveis Alfa Romeo.
Michael e um morador da cidade, ex-funcionário.
A turma reunida.
O calor estava de lascar! Para atenuar, um atencioso cidadão local nos cedeu uma caixa de isopor com água e refrigerantes gelados!
Dentro da fábrica, hoje CIFERAL-MARCOPOLO. A recepção foi fantástica.
No início houve uma palestra e exibição de filmes sobre a Marcopolo e a antiga F.N.M. Um grupo de ex-funcionários também participou do evento.
Dentro da fábrica.
Os funcionários da antiga FNM, merecidamente orgulhosos.
Miklos com um ex-funcionário da F.N.M. – o orgulho de ter trabalhado em uma indústria de ponta!
O amigo Jason Vogel do jornal O GLOBO esteve presente – à direita, ao lado de Jorge Camarão. No centro, os irmãos Stammer e à esquerda, Michele da Ciferal-Marcopolo.
A turma reunida. O assunto, claro, era a F.N.M.
A fábrica ainda preserva muitas das estruturas originais.
Fotos antigas cedidas pelos ex-funcionários.
A entrega de donativos na AMA. Eduardo, Miklos, Róbert e Edmir foram os idealizadores.
O retorno para a São Paulo.
obrigado por toda essas informações
Elimar Bernardo Braz. Eu nasci em 1956. mas. me lembro muito bem do ronco do motor do FNM. Aqui no Rio de Janeiro,ele foi cognominador com treme terra devido a potencia do seu motor. Foi inspirado em vê-los passar constantemente a rua em que eu morava por seu de intenso tráfego; eu fiquei apaixonado pelos robustos caminhões e por causa deles me tornei um profissional do volante melhor dizendo caminhoneiro. Porém me aposentei sem ter tido a oportunidade de dirigir um. Mas, está vivo em minha recordação dos FNMS que sempre me encantaram. Sobre a proposta de criar um museus dos motores acho interessante. Assim mostraria a história de uma tecnologia que existiu em tempos conturbados de guerra e que subsistiu por muito tempo as dificuldades de incentivo que um pais sério faria para sua primeira e briosa fabrica automotiva. Estou terminando minha formação em Tecnologia em Gestão de Turismo e se a ideia de criar o museu for avante convida-me a participar na construção desse legado histórico para gerações contemporâneas que não conheceu esse a existência dessa fabrica e as gerações futuras. Deixo meu abraço muito emocionado aos que amam O FNMS.
Parabéns pela iniciativa, é muito bonito saber um pouco mais sobre essa importante historia do Brasil, pena que não deram continuidade a FNM.
Que Saudades, na época eu Luiz Carlos de Souza Arantes, era muito garoto, o dia que meu pai Hélio ferreira Arantes falava que ia me levar p/ Fábrica eu não dormia c/ tanta ansiedade.Isto na década de 50 = 60. Meu saudoso Pai era conhecido como o famoso Borboleta. Desde já agradeço essa linda lembrança.
pena infelismente como acontese no brasil. algumas pessoas deveriam se chamadas como manoel porfirio cardoso um dos fundadores chefe de transporte da f n m. que esta vivo com seus 95 anos…… seu filho cardoso 22 26441727
Show. Moro em Xerém e adorei ver as fotos e relembrar a história do fnm.