Apelidos dos FNMs

Por Miklos G. Stammer.

a) “Apelidos” do caminhão FNM :

Alfa ( ou “Arfa” ) – no sul do país.
Barriga D’Água – Os fenemês fabricados em 1958, cujo motor apresentava vazamento de água no bloco.
Bi-ta-tá – na Bahia, devido ao seu ronco inconfundível.
Brasa ou Churrasqueira – principalmente os modelos até 1957, no norte do país (diziam que os seus motoristas tinham sempre os pêlos das pernas queimados pelo calor do motor – principalmente na época dos D-9.500).
Dois Salários – por causa das 2 alavancas no painel: reduzida e freio montanha, e depois, nos D-11.000, só da reduzida + câmbio.
Fênêmê / Fenemê
João Bobo – Pois “vai e volta sem parar” ( = é confiável; este foi um dos epítetos mais conhecidos), ou porque “carrega tudo o que lhe põem em cima”.
Pau Velho – os D-9.500, depois que lançaram o D-11.000.
Suruanã (tartaruga verde) – os com cabine Brasinca pintada de verde 2 tons, também chamados de Urutú, (cobra dessa cor).
Boca-de-Bagre – o 2º tipo de Brasinca, devido ao formato de sua grade frontal.
Sapão – Os que tinham cabine Metro.
Televisão – Os com cabine tipo 180, por causa do formato da sua grade frontal.

b) Sigla

A sigla da Fábrica Nacional de Motores era preenchida assim por alguns (jocosamente):

Fábrica de Notas de Mil
Feliz Natal Manoel
Fiquei Na Merda
Feio, Nojento e Mole
Fé No Motorista
Ferro No Motorista
Fumo No Motorista
Fumo no Norte é Mato (por serem fumaçentos)
Favor Não Mexer

c) Diversos:

Frase de propaganda muito divulgada nos anos 50: “O Brasil produz e o caminhão fenemê conduz”.

Expressão popular entre os caminhoneiros: “FNM não tem idade” (só depende de boa manutenção, pois é naturalmente confiável e durável).

No início dos anos 60 existia no Rio de Janeiro a “Rádio FeNeMê”.

Dizia-se na época que “alfeiro de verdade não deixa a porta bater na bunda quando sobe na cabine”.

Em 1968, os FNMs representavam 61% do mercado brasileiro de caminhões pesados;
Em 1972, os FNMs representavam 64% do mercado brasileiro de caminhões pesados;

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